Construção, Adaptação e validação da Escala da Auto-eficácia Académica (EAEA)
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v20i2.388Palavras-chave:
-Resumo
As expectativas de auto-eficácia, de acordo com Bandura (2001), referem-se a domínios de realização específicos, pelo que a sua avaliação deve ser microanalítica, o que implica a construção de instrumentos de avaliação adaptados às respectivas especificidades. Assim, neste artigo começamos por descrever as várias fases da construção da Escala de Auto-Eficácia Académica (EAEA), a saber: (i) definição do seu racional teórico-prático, partindo de revisões bibliográficas e de entrevistas realizadas com alunos e professores; (ii) definição das suas dimensões e redacção dos seus itens; e (iii) pré-teste, que inclui a revisão dos itens por especialistas, reflexões faladas com alunos e um estudo-piloto com 207 alunos. Finalmente, apresentamos os resultados do estudo de adaptação e validação com 1.302 alunos, constatando-se que as dimensões da EAEA são consistentes, mas pouco discriminativas entre si, e que análises factoriais confirmatórias revelam que um modelo com três factores correlacionados, aceitando-se a existência de covariância entre os erros de alguns dos itens da escala, é o que melhor se ajusta aos dados.