Violência doméstica e stalking pós-rutura: Dinâmicas, coping e impacto psicossocial na vítima

Autores

  • Célia Ferreira Escola de Psicologia, Universidade do Minho
  • Marlene Matos Escola de Psicologia, Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.17575/rpsicol.v27i2.63

Palavras-chave:

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Resumo

Este artigo reflete uma realidade pouco conhecida no plano nacional – o stalking após a rutura de uma relação abusiva. Nesse contexto, o objectivo era conhecer as dinâmicas associadas a esta modalidade de vitimação, as respostas das vítimas face à mesma e os preditores de desajustamento psicossocial na vítima. A amostra foi constituída por 104 mulheres que foram vítimas de abuso na relação e de stalking após o seu término. Os resultados ilustram a natureza prolongada do stalking e documentam um continuum de ações que engloba atos com uma gravidade bastante distinta. A maioria das inquiridas relatou medo face ao stalking e admitiu que este influiu negativamente na sua vida. Apesar de tudo, as vítimas revelaram­?se ativas na gestão deste tipo de violência, empreendendo diferentes estratégias de coping. A frequência média dos comportamentos de stalking e o coping de não evitamento surgiram como preditores de desajustamento psicossocial (...)

DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v27i2.63

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Biografias Autor

Célia Ferreira, Escola de Psicologia, Universidade do Minho

Célia Ferreira é licenciada em Psicologia, na área de conhecimento de Psicologia da Justiça, pela Universidade do Minho. Tem estudado o fenómeno de vitimação por stalking, em particular após a rutura de relações íntimas, tema sobre o qual está, actualmente, a realizar a sua dissertação de doutoramento em Psicologia naquela Universidade. Exerce funções de perita forense na Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça (Universidade do Minho), onde também acompanha vítimas de stalking.

Marlene Matos, Escola de Psicologia, Universidade do Minho

Marlene Matos é mestre e doutorada em Psicologia, pela Universidade do Minho (UM), onde é Professora Auxiliar na Escola de Psicologia, leccionando, entre outras, as disciplinas de Psicologia Jurídica da Vítima, Praticum de Competências de Intervenção com Vítimas e Psicologia Forense e do Testemunho. É coordenadora da Unidade de Psicologia da Justiça no Serviço de Psicologia da mesma universidade, onde se realizam peritagens forenses no domínio penal e cível, bem como intervenção especializada com vítimas e agressores (individual e de grupo). Tem desenvolvido investigação na área da Vitimologia e da Psicologia Forense. Coordenou o projecto “Stalking em Portugal: Prevalência, Impacto e Intervenção” (PIHM/VG/0090/2008) e um outro intitulado “Projecto GAM – Grupos de Ajuda Mútua”

Referências

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Publicado

2013-12-16

Como Citar

Ferreira, C., & Matos, M. (2013). Violência doméstica e stalking pós-rutura: Dinâmicas, coping e impacto psicossocial na vítima. PSICOLOGIA, 27(2), 81–106. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v27i2.63

Edição

Secção

Artigos