Perceções dos psicólogos portugueses acerca da inibição comportamental / retraimento social e das necessidades de intervenção que lhes subjazem durante a infância precoce
DOI:
https://doi.org/10.17575/psicologia.v34i1.1434Palavras-chave:
Inibição comportamental; retraimento social; idade pré-escolar; intervenções preventivas baseadas na evidência.Resumo
Dada a elevada prevalência das perturbações de ansiedade, verificou-se uma necessidade emergente de intervir nos fatores de risco precoce para o seu desenvolvimento, nomeadamente na inibição comportamental e no retraimento social (IC/RS) em idade pré-escolar. Porém, a participação em intervenções preventivas para a IC/RS é modesta, devido ao reduzido reconhecimento do problema pelos pais e profissionais (educadores e pediatras) que trabalham com o público-alvo. Dado o seu papel central na promoção do reconhecimento do problema, este estudo teve como objetivo explorar as perceções dos psicólogos portugueses acerca da IC/RS e das necessidades de intervenção que lhes subjazem. Dezoito psicólogos foram distribuídos em três grupos focais. Cada grupo foi moderado por um investigador, seguindo um guião semiestruturado. Os participantes identificaram as manifestações e consequências da IC/RS (particularmente no domínio social) e recomendaram o desenvolvimento de intervenções familiares multimodais e de intervenções para educadores, destinadas à promoção de competências sociais no jardim-de-infância.