Influência e interferência: cruzando dois paradigmas de primação afectiva
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v22i2.348Palavras-chave:
-Resumo
Neste artigo focamos o fenómeno de primação afectiva (impacto de activação prévia de valência afectiva em processamento subsequente), contrastando dois dos princopais paradigmas experimentais que lhe dão suporte: interferência e influência. Em dois experimentos, analisamos os dados relativos ao enviesamento de resposta avaliativa e aos tempos de reacção. O Experimento 1 mostra que a apresentação de uma palavra valenciada facilita (interfere) respostas subsequentes congruentes (incongruentes). Analisando também o tipo de resposta dada pelos participantes, verificou-se um maior número de erros nos ensaios incongruentes. O Experimento 2 demonstra o efeito da influência em que imagens-primo induzem julgamentos avaliativos de alvos, previamente neutros, congruentes com a sua valência. O estudo dos tempos de reacção neste paradigma revelou que primos negativos induziam maior rapidez de resposta. Vantagens e desvantagens de ambos os paradigmas são discutidas relativamente à sua relevância para o efeito de primação e para assua aplicabilidade enquanto medidas implícitas de atitudes.