Os efeitos (in)visibilizadores do cárcere: As contradições do sistema prisional

Autores

  • Mariana Barcinski
  • Sabrina Daiana Cúnico

DOI:

https://doi.org/10.17575/rpsicol.v28i2.696

Resumo

A prisão é historicamente reconhecida por produzir a uniformização dos indivíduos submetidos às suas normas, bem como o apagamento das identidades pessoais. Às tentativas institucionais de invisibilização – expressas através do controle constante dos comportamentos – correspondem estratégias pessoais de afirmação das singularidades e de diferenciação. Considerando as dinâmicas invisibilizadoras da prisão, o objetivo deste trabalho é discutir a aparente contradição envolvida no reconhecimento da possibilidade de a prisão – entendida como um instrumento de segregação social - se constituir em um espaço de visibilidade para homens e mulheres encarcerados. Tal contradição é discutida a partir do contexto social e econômico da população usualmente encarcerada no Brasil, alijada historicamente de direitos sociais básicos. É neste contexto mais amplo de marginalização, portanto, que a prisão pode potencialmente visibilizar subjetividades socialmente marginalizadas.

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Biografias Autor

Mariana Barcinski

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Sabrina Daiana Cúnico

Psicóloga, Mestre em Psicologia (UFSM), Doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Ficheiros Adicionais

Publicado

2014-12-10

Como Citar

Barcinski, M., & Cúnico, S. D. (2014). Os efeitos (in)visibilizadores do cárcere: As contradições do sistema prisional. PSICOLOGIA, 28(2), 63–70. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v28i2.696

Edição

Secção

Artigos