Evidência adicional para a estrutura da Resilience Scale em países de Língua Portuguesa: Um estudo de invariância com adolescentes brasileiros e portugueses

Autores

  • Paulo Dias Faculty of Philosophy and Social Sciences, Catholic University of Portugal, Portugal
  • Irene Cadime Research Centre on Child Studies, University of Minho, Portugal
  • Paulo Castelar Perim Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.17575/rpsicol.v30i2.1125

Resumo

Especialmente desde as últimas décadas do século 20, a investigação sobre a resiliência contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a forma como as pessoas lidam com a adversidade e a superam de uma forma positiva. Tendo em conta que este tópico de investigação é relativamente recente, continua a existir algum debate em torno das teorias e dos instrumentos de medida da resiliência. Neste estudo pretendeu-se explorar a invariância da estrutura fatorial de uma das medidas de resiliência mais utilizadas — a Resilience Scale (RS) desenvolvida por Wagnild e Young—, entre adolescentes Portugueses e Brasileiros. Utilizou-se uma amostra de 969 adolescentes, com idades que variavam entre os 13 e os 18 anos. Com recurso à análise fatorial confirmatória, testaram-se estruturas de cinco e de dois fatores para a escala completa composta por 25 itens, bem como uma estrutura unidimensional para uma versão reduzida da escala composta por 14 itens. Depois de determinada a estrutura fatorial mais ajustada, realizou-se uma análise multi-grupo para testar a invariância da medida entre as amostras de adolescentes Portugueses e Brasileiros. As estruturas de cinco e de dois fatores obtiveram um ajustamento pobre. A estrutura unidimensional revelou-se ajustada em ambas as amostras. Além disso, obteve-se evidência de invariância parcial para a estrutura unidimensional relativa à versão reduzida. Estes resultados sugerem que a versão reduzida da RS pode ser utilizada para estudos transculturais na área da resiliência em ambos os países e que as estruturas de cinco e de dois fatores são inadequadas para propósitos de comparação.

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Publicado

2016-12-07

Como Citar

Dias, P., Cadime, I., & Perim, P. C. (2016). Evidência adicional para a estrutura da Resilience Scale em países de Língua Portuguesa: Um estudo de invariância com adolescentes brasileiros e portugueses. PSICOLOGIA, 30(2), 33–46. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v30i2.1125

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