A competência política, a desigualdade de género e as medidas de acção positiva: Uma questão "natural" ou de "competência"?
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v24i1.299Palavras-chave:
-Resumo
A sub-representação das mulheres na política continua uma realidade (Inter-Parliamentary Union, 2008) e a literatura tem apontado vários factores para a origem da desigualdade de género neste contexto. Têm sido implementadas medidas de acção positiva no sentido de promover a igualdade. Contudo, existe uma enorme controvérsia, sendo as medidas acusadas de serem injustas, sobretudo por violarem o princípio do mérito. No seguimento de uma investigação (Santos, 2004), este estudo procura: confirmar a genderização das representações de não-políticos/as face à profissão de político/a, através da sua associação ao masculino; e o que esses indivíduos pensam acerca das medidas que se destinam a reduzir esta desigualdade. De entre os factores/obstáculos identificados, salientam-se os discursos sobre a “naturalização” da História e a genderização do mérito, que se limita praticamente a traços de personalidade pouco associados ao estereótipo feminino.