Factores protectores e de vulnerabilidade na adaptação emocional e académica dos filhos ao divórcio dos pais
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v23i1.315Palavras-chave:
-Resumo
Até à década de 70, a separação/divórcio conjugal era preponderantemente analisada do ponto de vista moral e jurídico e conceptualizada como um acontecimento com consequências muito negativas para o desenvolvimento dos filhos do casal. Desde essa altura, progressivamente, abordagens menos lineares e disciplinarmente mais integradoras, têm oferecido uma perspectiva sobre o divórcio como um processo complexo, que envolve várias componentes (psicológicas, legais, económicas, parentais e sociais) e que exige adaptações familiares e individuais diversas, aos pais e aos filhos. Esta nova perspectiva implica uma atenção à diversidade de trajectórias desenvolvimentais e um foco nos mecanismos e processos responsáveis por essas diferenças. Este trabalho tem como tarefa caracterizar a adaptação (avaliada através do ajustamento emocional e académico) de crianças filhas de pais divorciados, comparando-a com a apresentada por crianças pertencentes a famílias intactas (...)