Justiça popular em bullies: Atribuições de responsabilidade, raiva, e controlo social ineficaz como combustível para ação coletiva não-normativa
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v31i2.1144Resumo
O bullying escolar raramente tem sido analisado através do ponto de vista da sociedade em geral. No entanto, nas situações em que o agressor atrai a atenção mediática, verificam-se reações coletivas muito severas. Neste trabalho, analisámos os processos subjacentes à ação coletiva não-normativa que muitas vezes emerge perante situações de bullying. Após um vídeo amador que mostrava uma destas situações se ter tornado viral em Portugal, pedimos a 350 participantes que preenchessem um questionário sobre o tema. Os resultados mostraram que a atribuição de responsabilidade ao agressor predizia a concordância com medidas de justiça popular, e que isto era mediado por emoções de raiva, e moderado pela perceção de ineficácia dos mecanismos de controlo social. Mais especificamente, quanto maior a responsabilidade atribuída ao agressor, maior a raiva sentida, o que levava a um maior grau de concordância com medidas de justiça popular. Para além disso, este efeito era maior para os participantes que acreditavam que os mecanismos formais de controlo social eram ineficazes. Os resultados foram discutidos à luz da sua contribuição para o combate ao bullying, e da literatura sobre desvio, controlo social, e ação coletiva.Downloads
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Publicado
2017-11-21
Como Citar
Campos, M., Marques, A. G., Aguiar, T., Cardoso, S. G., Pinto, I. R., & Marques, J. M. (2017). Justiça popular em bullies: Atribuições de responsabilidade, raiva, e controlo social ineficaz como combustível para ação coletiva não-normativa. PSICOLOGIA, 31(2), 47–56. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v31i2.1144
Edição
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Número Temático