Patogenia do envelhecimento cerebral

Autores

  • José G. Pimentel

DOI:

https://doi.org/10.17575/rpsicol.v6i2.800

Resumo

As alterações morfológicas mais importantes do sistema nervosa central dos idosos sãos ocorrem nos hemisférios cerebrais. Deste modo, são referidos os aspectos anatómicos mais relevantes destas estruturas, bem como os diferentes constituintes do parênquima nervoso com especial ênfase para as células nervosas, sede das principais do cérebro senescente. Macroscopicamente, o cérebro senil apresenta atrofia cortical e dilatação das cavidades ventriculares; aquela corresponde microscopicamente à diminuição do número e do volume de neurónios. Salienta-se ainda, como achados neuropatológicos, a acumulação de lipofuscina nos neurónios, as alterações da arborização dendrítica e, principalmente, a existência de placas senis, de generescência neurofibrilar e granulo-vacuolar e corpos de Hirano. Os respectivos aspectos histológicos, localização e possível patogénese são referidos. Pode ocorrer ainda uma angiopatia por acumulação de amiloide na parede dos vasos de pequeno calibre, responsável eventual por hemorragias lobares de repetição. Todas estas lesões são idênticas às dos cérebros dos idosos senis diferindo apenas pela sua menos quantidade. Consequência também da perda neuronal é a diminuição de alguns neurotransmissores, nomeadamente de dopamina, responsável provável pelo aparecimento de sintomas extra-piramidais, de acetilcolina incriminado pelo desencadear das perturbações mnésticas do idoso, e da noroadrenalina e serotanina ambas implicadas nas alterações do ritmo de sono. Finalmente são passadas em revista as diversas teorias do envelhecimento, salientando-se que todo o processo de senescência do organismo poderá ser genericamente determinado.

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Como Citar

G. Pimentel, J. (1988). Patogenia do envelhecimento cerebral. PSICOLOGIA, 6(2), 207–217. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v6i2.800

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