Eles não sabem o que é um homem ou a desdita do psicoterapeuta
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v9i2.692Palavras-chave:
-Resumo
O autor começa por evidenciar a ironia do facto de que, levadas ao absurdo as divergências conceptuais acerca do que sejam a Psicologia e o seu campo de estudo., nem sequer será viável demonstrar que e mesmo é um psicólogo clínico. Apresenta depois, com carácter um pouco metafórico, um modelo em três fases acerca do que poderá ser o desenvolvimento de um psicólogo eclético. A última fase considerada – correspondente a um ecletismo válido tanto na teoria como na prática – é apresentada como «ficção psicológica» desejável. Discutem-se depois algumas razões do foro epistemológico para este estado de coisas e são avançados motivos para a adesão do autor a uma perspectiva conotada com a Psicologia Transpessoal bem como à posição epistemológica constituída pelo realismo transcendental. Na sequência, são discutidas três vias alternativas para a solução do problema de como atingir o «estádio compreensivo ou de ecletismo teórico e prático». Por fim e em consequência da dificuldade em orientar uma prática terapêutica eclética na actualidade, o autor propõe que esta se paute pelo grau de abstracção dos problemas apresentados pelo cliente e apresenta argumentos nesse sentido. Termina depois considerando que as grandes abordagens teóricas e práticas na Psicologia devem comportar fragmentos de verdade que urge integrar, o que somente será viável quando algum modelo permitir situar e compreender as próprias batalhas epistemológicas em lugar de pretender vencê-las.