Hiperprolactinémia como resultado de imaturidade ou de regressão
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v9i1.676Palavras-chave:
-Resumo
A hiperprolactinémia e a eficiência metabólica aumentada são parte de um sistema de factores interdependentes e de mecanismos metabólicos necessários aos cuidados da criança. Chamamos a este sistema, disponível como um «Todo», Sub-rotina Materna (SM). A hiperprolactinémia patológica (HP) está significativamente associada a: 1) depressão; 2) sintomas inespecíficos, incluindo a obesidade ganho de peso; 3) alta frequência de enurese nocturna durante a infância; 4) privação dos pais durante a infância. O início clínico dos sintomas segue-se frequentemente a uma gravidez ou perda. A prolactina é um antagonista da insulina que não promove o aumento de peso. O mesmo ocorre na situação de amas não puerpérias e em alguns modelos animais. A maior parte das mulheres com HP desenvolveram uma relação simbiótica maligna com as suas mães num contexto de ausência, alcoolismo ou desvalorização do pai. Essas mulheres podem regredir a estados precoces do desenvolvimento em que se identificam, simultaneamente, com a sua mãe em lactação e a com elas próprias enquanto crianças em amamentação. Tal tem sido descrito em pacientes em psicanálise e na situação paradigmática da pseudogravidez. Esta regressão pode determinar a activação extemporânea da SM. Os prolactinomas representam o extremo do espectro das HP e podem resultar de mutações somáticas secundárias à hiperestimulação.