Validade científica das teorias de Newell e Simon e de John Searle. Será pertinente a continuação do debate?
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v10i1/2.656Palavras-chave:
-Resumo
O presente artigo pretende proceder à discussão crítica sobre a validade científica de duas teorias que debatem a possibilidade de Homem e Máquina partilharem as características básicas do pensamento. No centro do debate estão, por um lado, os teóricos da Inteligência Artificial A. Newell e H. Simon e, por outro, o filósofo J. Searle. Separam-nos a hipótese proposta por Newell-Simon – a manipulação simbólica é condição suficiente para o comportamento inteligente – recusada por Searle com a argumentação de que a intencionalidade (característica intrínseca do cérebro humano) é condição necessária para a inteligência, negando que esta propriedade esteja presente em sistemas não biológicos. A comparação das duas teorias foi realizada com base nos critérios de validade científica propostos por Karl Popper. A principal conclusão é a de que a teoria de J. Searle se revela não científica.