Psicoterapeutas, trabalho em equipa e integração em psicoterapia
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v15i2.499Palavras-chave:
-Resumo
Contrariamente ao que ocorre na prática privada, os psicoterapeutas que trabalham em meio institucional encontram-se menos isolados e podem, pelo menos potencialmente, trabalhar em equipa. No Núcleo de Aconselhamento Psicológico (NAP) do Instituto Superior Técnico, é exactamente isso que acontece – é constituído, em permanência, por uma equipa de seis a oito elementos, oriundos de diferentes orientações teóricas, que procuram trabalhar um modelo integrativo. As orientações teóricas de base representadas no serviço incluem a cognitiva-comportamental, a experiencial, a interpessoal e a familiar sistemática. Os autores propõem-se reflectir sobre o modo como o trabalho em equipa permite prevenir o stress e o esgotamento dos terapeutas. Referem-se ainda a alguns aspectos do funcionamento da equipa, incluindo a supervisão e a intervisão, a partilha e a intimidade, a co-terapia, o treino e as actividades de “construção” da equipa, a comunicação e a gestão de conflitos, as rivalidades, o planeamento, a resolução de problemas, a liderança, e ainda a partilha de objectos e tarefas no seio da equipa. Esta exploração tem ainda como objectivo estimular a reflexão sobre uma hipótese que julgamos útil para o “movimento integrativo”, em geral, e para os psicoterapeutas interessados em trabalhar num quadro integrativo, em particular: poderá o trabalho em equipa promover/facilitar uma atitude integrativa em psicoterapia? Como? Como poderão os clínicos portugueses, nomeadamente os que trabalham em contexto institucional, tirar partido desta “oportunidade especial”?