Vinculação aos pais e ansiedade em jovens adultos
DOI:
https://doi.org/10.17575/rpsicol.v18i2.428Palavras-chave:
-Resumo
Este estudo tem como principal objectivo analisar a relação entre os estilos de vinculação aos pais, baseados no modelo de Bartholomew e Horowitz (1991) e a ansiedade em jovens. Na presente investigação foi utilizada uma amostra de 511 jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 17 e os 26 anos, que frequentavam diferentes cursos universitários em estabelecimentos de ensino superior da área metropolitana do Porto. De modo geral, verificam-se correlações significativas baixas da qualidade de laço emocional e inibição da exploração e individualidade à mãe e ao pai, com os medos e características obsessivo--compulsivas, e correlações significativas positivas baixas ou moderadamente baixas entre a dimensão ansiedade de separação e dependência à mãe e ao pai com a ansiedade. Relativamente aos estilos de vinculação, registam-se efeitos significativos nos vários tipos de medo e nos pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. Verifica-se que os sujeitos com estilo de vinculação insegura assumem médias mais elevadas, na maior parte dos medos e nas características obsessivo-compulsivas. São ainda discutidas as implicações desta investigação para a intervenção psicológica junto dos jovens, no sentido de promover o desenvolvimento psicológico, particularmente uma visão positiva de si próprio e dos outros, e prevenir a estruturação da ansiedade.