Impacto da expressão facial na percepção de tempo: Papel da valência e da activação

Autores

  • Alexandre Fernandes
  • Teresa Garcia Marques

DOI:

https://doi.org/10.17575/rpsicol.v24i2.305

Palavras-chave:

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Resumo

A natureza emocional de uma expressão facial parece enviesar a percepção da sua duração. Neste artigo apresentamos um estudo que testa a hipótese deste efeito ser moderado pelas dimensões emocionais (valência e arousal) abordando a sua explicação em termos de processos que interferem com o funcionamento de um “relógio interno”, nomeadamente processos atencionais e activacionais. Utilizando uma tarefa de bissecção temporal com durações entre 400 e 1600 ms, os resultados sugerem um efeito da valência da emoção expressa por uma face: a duração das faces negativas é sobre-estimada relativamente às positivas. Este efeito foi moderado pela intensidade das expressões emocionais (activação [arousal]) verificando-se apenas claramente na condição de baixa intensidade. Na condição de elevada intensidade, as faces positivas foram avaliadas de forma idêntica as negativas. O facto de esta interacção apenas se verificar em durações mais curtas, sugere-nos uma interferência concorrente de processos atencionais e activacionais. Esta explicação é discutida no artigo, tendo em consideração as suas limitações.

DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v24i2.305

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Como Citar

Fernandes, A., & Garcia Marques, T. (2010). Impacto da expressão facial na percepção de tempo: Papel da valência e da activação. PSICOLOGIA, 24(2), 61–88. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v24i2.305

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